domingo, 11 de fevereiro de 2024

the time flies....

 ela precisa atualizar:

a pandemia a tornou introspectiva, mais caseira e seletiva, principalmente com pessoas ao seu redor. ela agora sabe o que merece e não aceita menos. ela aprendeu a lidar consigo mesma, atravessou os oceanos, encontrou o que sempre procurava, mesmo que momentaneamente, ela colocou pontos finais onde antes existiam vírgulas. encerrou ciclos, amizades e romance. ela pertence à ela. ela mudou o visual, cortou o cabelo, mudou as roupas. ela engordou, parou de beber e está parando de fumar.

ela se fixou. ela se estabilizou. ela resolveu se entregar. ela se apaixonou novamente com a pessoa que pretende se casar. ela descobriu recentemente que é mãe. mãe.

fim de atualizações.

segunda-feira, 8 de novembro de 2021

intensa com o mar...

ela se viu no meio da tempestade e se jogou ao mar, e foi neste momento que tudo fez sentido.
ela se sentiu livre!

o mar nunca foi frio; ele a aqueceu no momento em que a tocou. as ondas a cobriram de segurança, intensidade e paixão. as gotas da chuva a fizeram enxergar o momento, a sentir o vento, a pensar com clareza, a viver o sentimento.

o mar nunca foi salgado; ele foi doce e gentil, a abraçou com força, a acolheu e a compreendeu. a tempestade foi se acalmando e tudo o que restou foi a sensação de calmaria que o mar trazia.

o sol que estava por trás das nuvens se pôs e a lua apareceu brilhante, iluminando apenas ela e o mar. a conexão, o cheiro, a relação que criaram ficaram no ar e pairou entre as ondas, que a agora a faziam flutuar.

ela via, sentia, respirava o mar. até o momento em que a realidade a invadiu. ela se virou ao ver outras pessoas na praia e a criar uma relação que ela achou ser única com o mar.

ela chorou, e foi embora, pois sabia que ali não podia mais ficar. já o mar, sentindo que ela não ia voltar, a entregou um presente: uma concha. a mais linda de suas profundezas, a que os marcaria pra sempre.

o mar chorou, ela partiu, e a concha na areia da praia ficou..

sexta-feira, 30 de abril de 2021

retrospectiva do caos

 queria ter mais tempo para escrever, mas estou um caos!


ano passado veio a pandemia e desisti de escrever, pois estava aproveitando do isolamento para (re)conhecer às pessoas que permaneceram, meus verdadeiros amigos e minha família. mas o mais difícil foi me (re)conhecer...

eu realmente descobri coisas sobre mim que eu não sabia.

eu não gosto de me isolar, mas às vezes preciso. assim como também descobri que preciso da minha vida social, mas não gosto tanto dela assim. descobri diversas maneiras de mentir e o por quê não fazê-las. descobri como mudar o corpo, porque engordei a ponto de me sentir socialmente horrível, mesmo pessoas me dizendo que isso não é verdade.

descobri que enxergar é maravilhoso, mesmo tendo coisas que não queremos ver, e que a visão vai muito mais além dos olhos, ela corre o mundo e volta para o meu interior.

descobri que a ansiedade é um bicho papão sim! e que a depressão é igual uma lombriga, pois se alimenta para aumentar ao ponto de sufocar, mas diminui a medida que controlo a fome, seja com comida, com cigarro, com bebida ou com um simples abraço.

descobri que sou boa cozinheira! bem, que faço comidas gostosas, mas não bonitas de primeira. porém aprimoro isso de tempos em tempos.

descobri que detesto  rotinas, mas eu realmente preciso delas. preciso de planejamento, de rotina. contudo, porém, entretanto, detesto de verdade de ter obrigações.

descobri que sou um espírito livre, mas o aprisionamento forçado por uma doença está me ajudando a crescer como pessoa e descobrir várias coisas sobre mim.

2020 pode ter sido um ano horrível em muitos sentidos e para muitos, mas para mim foi um ótimo ano!

2021 começou ruim, mas sabe o que mais descobri?

quem faz de algo ruim sou eu mesma, então para mim, será um ano maravilhoso assim como foi o ano passado e os demais...


então por que me sinto um caos? é fácil responder.

porque nem todas as coisas que descobri sobre mim são boas, elas me confundem, e às vezes eu tenho dias melhores que outros. hoje é um dia bom, mas amanhã farei com que seja melhor!


esse caos um dia se desfaz, e talvez eu volte a escrever...

ou quem sabe, eu volte a escrever para desmanchar esse caos?

veremos...

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

amor? engano seu!

queria saber escrever sobre o amor... ou o que restou dele, mas hoje, nada mais sei, acho que eu sou uma que parou de acreditar nele...
eu pensava que amor era um sentimento, uma sensação,  uma situação,  porém descobri que não, são momentos e pessoas e coisas e a mais doce mentira, e que embora alguns poetas digam que é algo imutável,  eu digo que o amor é transitório. sim, transitório,  de transição e em constante modificação, pois assim como uma folha que cai do galho não permanece no mesmo lugar, o amor não permanece da mesma forma.
devaneios de uma noite insone me fizeram perceber que o amor é o mais puro paradoxo utópico existente! é algo que as pessoas querem acreditar para não se sentirem bobas de acreditar somente na fé religiosa ou científica. mal sabem elas que o amor em si é a propria ilusão... mal sabem elas que o amor as faz serem ainda mais bobas!
ah, o amor! - que coisa mais ridícula! (penso eu)
tão sem sentido e sem direção, manda e desmanda nas pessoas, as faz ficarem cegas e burras e estúpidas, com falta de ar, sufocando o peito de uma alegria imaginária ou de uma tristeza tão profunda!
quem o inventou, de fato, foi um grande vendendor de sonhos, pois fez com que todos acreditassem que era real, sabendo que este revelaria o melhor dos seres, mas faria mal no momento em que acabasse ou se modificasse...
ah, o amor... que grande espetáculo!
dá imaginação a quem sequer pensava sobre ele! e assim que o conhece, já acaba se encantando pelo imenso universo de fantasia amorosa,  com romances clichês ou paixões avassaladoras! pena que de repente percebe o tamanho da mentira e esperança infundada qual comprou...
ah! a doce mentira é o amor, mas quem não  gosta de um doce? quem simplesmente deixou de amar...
mas eu ainda sou a velha apreciadora do doce encanto que é esta linda utopia...

terça-feira, 21 de abril de 2020

fairytales doesn't exist!

ela está cansada de se manter em segredo...
ela esta cansada de manter segredo...
ela está cansada de ser o segredo!


sabe aquele conto de fadas em que a princesa é toda apaixonada e o príncipe não ainda, mas vai se apaixonando na história?
no começo eles são só amigos, ou acabam se tornando de alguma forma, e a medida que a história acontece, ele acaba sendo seu herói, seu defensor, seu amado. a princesa até tenta não se apaixonar, mas quando percebe, ja é tarde, e ela se deixa fazer de gato e sapato até que ele começa a perdê-la, seja por causa do vilão, que sempre é representado por uma bruxa,  e se dá conta que também esta apaixonado. o final todos sabem...
e assim fomos criadas e ensinadas e, digamos que até, incitadas a ser. 
e na realidade, hoje os supostos príncipes são tão egoístas que mentem, escondem, brincam e machucam as princesas, até as matam. uns com mais violência, outros devagar, sutis, com pequenas atitudes...
mentir, enganar, trair, esconder... pequenas atitudes que repelem, e deveriam afastar as princesas, certo? então me diz o por quê  é tão difícil assim falar ou agir de uma forma que as façam ver que aquilo não faz bem? que as façam realmente se afastar? por que as princesas são sempre as vilãs de sua própria história e esperam que um príncipe as salvem delas mesmas, sendo elas tendo o poder para se salvarem?
isso não é amor, é sabotagem!
e tá na hora da princesa ter o que acha que merece ou derrotar a bruxa que ela é...